domingo, 20 de janeiro de 2008

5 minutos do meu dia de hoje

Hoje o dia esteve agradável. Com as temperaturas a rondarem os 20º notou-se bem a afluência de pessoas na rua, o que deixa antever um mar de gente em Atenas no Verão para complementar a ideia do mar de casas em Atenas, traduzido em caos urbanístico, que é uma coisa a que já me habituei e começo até a achar uma certa beleza.

A língua grega, definitivamente, já não me parece alienígena e começa a assemelhar-se com o italiano. É bom sinal e estou confiante que até ao final de Julho consiga ler e falar correctamente em grego. De resto, Atenas e os gregos surpreendem-me cada vez menos e isso deixa-me contente. A razão é simples: na Grécia é preciso esperar o inesperado e eu procuro fazê-lo.

Um aparte. Não sou o único que está adaptado à realidade grega: o Kenedy (ex-jogador do Benfica, Marítimo e internacional A de Portugal) está a jogar no Ergotelis, último classificado da liga grega, é capitão de equipa e tem o nome Daniel nas costas.

De volta ao meu dia de hoje, acordei cedo com a ideia de ir até à feira de velharias em Monastiraki. Tem aquele aspecto de bazar turco, com lojas em ambos os lados de ruas estreitas e labirínticas. Estava a abarrotar. Não fui com a intenção de comprar nada, embora tenha ficado com a impressão de se puderem fazer ali boas compras, mas diverti-me bastante a ver toda aquela agitação e burlesco. No futuro vou gostar de relembrar, particularmente, o encontro com um vendedor que estava a apregoar com o auxílio de um aparelho electrónico nas cordas vocais. Em duas palavras: IM...PRESSIONANTE!

A seguir fui ao museu Islâmico, que pertence à colecção do museu Benaki mas fica num lugar completamente distinto. Curiosamente, fica ao lado de um outro museu judaico e não deixei de pensar que bom seria se pudessem fazer a mesma coisa em Jerusalém. O museu estava quase vazio e pude ver as coisas à vontade. Foi interessante, pois foi, e confesso que cada vez mais me convenço que o Islamismo é uma religião de paz e que a violência que lhe é associada é apenas a obra de fanáticos…os fanáticos! Mas mais interessante foi a parte de mais uma vez pagar a entrada num museu com o meu cartão de estudante.

Por esta altura já estava com fome, então, comi um kalamaki (uma espetada de souvlaki) e encaminhei-me para a Colina das Ninfas, passando por Thissio, Kerameikos e Gazi. A Colina das Ninfas é um espaço verde que está incluído naquilo que se pode chamar a zona da Acrópole. Vi uns espectáculos de rua sem deixar nenhuma moeda no final (fui eu e 90% da “plateia” e nem foi porque os espectáculos fossem maus… enfim, é uma cena de Atenas) e decidi subir o monte Filopappos antes de vir para casa. Foi uma subida de 30 minutos a andar e em vez de fazer a descrição do monte vou mostrar-vos os últimos 5 minutos. A vista no topo é a do tal mar de casas (em duas palavras: IM…PRESSIONANTE!) mas vou esperar até ir ao monte Likavittos para mostrar a Atenas 360º em todo o seu esplendor.

Para já, convido-vos a juntarem-se a mim na subida do Filopappos (por 5 minutos).
CLICKA AQUI

PS: Devido a problemas técnicos, onde se lê hoje, deve-se ler ontem.

Sem comentários: