Durante alguns dias, não chegou a ser sequer uma semana, andei a receber chamadas anónimas no meu telemóvel grego. A cadência das chamadas, essa, compensou a relativa pouca duração da “perseguição” – acho que é esta a palavra correcta. Sem dúvida que isto foi obra de uma “perseguidora” profissional (sim, “perseguidora”) porque num período critico cheguei a ter 54 (!) chamadas não atendidas pela manhã e mensagens, substancialmente mais, perdi-lhes a conta. Guardei cerca de 10, as mais interessantes, como recordação. Tive de gastar largos minutos dos meus dias a apagar mensagens, uma actividade muito pouco estimulante. Uma maçada. Escusado será dizer que o número era privado e, a certa altura, tirei o som do telemóvel porque, sou sincero, das primeiras vezes achei piada e costumava atender o telefone (embora nunca tenha respondido às mensagens). Por mais curiosidade, ou seja lá o que quer que me tenha motivado a “ver até onde é que isto vai”, era impossível acompanhar tamanha neurose e estupidez genuína. Uma verdadeira lição de limites. Foi a partir do momento que deixei de atender o telefone que a coisa tomou estas proporções idiotas. Antes disso, tirando o pormenor de alguém que não conheço de lado nenhum me estar a telefonar constantemente (como se fosse a coisa mais natural do mundo…) nada faria prever esta súbita escalada e descontrolo.
Inicialmente, pensei que fosse uma brincadeira de uma amiga grega cuja noção de diversão é, na melhor das hipóteses, palerma (na realidade, ela tem perturbações mentais). Mas tenho quase a certeza de que – agora que acabou (?) – não foi ela porque já o teria confessado e ter-mos-ia rido disso. Se bem que tudo é possível e, na realidade, ela tem perturbações mentais. Talvez tenha sido uma erasmus ou uma desempregada porque uma “perseguição” deste calibre requer tempo e ociosidade. Não sei, nem quero saber. Neste momento a minha explicação mais consistente é a de que o meu telemóvel esteve momentaneamente possuído por uma entidade alienígena. Senão como é que posso explicar registos de chamadas do meu próprio número? Muito estranho, mas prefiro não pensar muito nisso.
O teor das chamadas era variável, definitivamente a mesma pessoa mas com personalidades diferentes, sem dúvida alguém com treino teatral… ora era a “perseguidora simpática”, ora a “perseguidora zangada”, ora a “perseguidora psicopata”, ora a “perseguidora romântica” e por aí adiante. Não fosse o facto de me estar genuinamente nas tintas e ser pouco impressionável, diria que estive em contacto com uma personalidade digna de estudo. Um verdadeiro tratado de múltipla personalidade e loucura aleatória.
Depois disto, o que eu estou a precisar é de fazer um cruzeiro. Aproveito para lançar um apelo a todos os “perseguidores” que andam por aí: arranjem um passatempo mais saudável, qualquer coisa de mais útil que estimule o intelecto e o corpo. Fazer o cubo mágico, sei lá, qualquer coisa.
Inicialmente, pensei que fosse uma brincadeira de uma amiga grega cuja noção de diversão é, na melhor das hipóteses, palerma (na realidade, ela tem perturbações mentais). Mas tenho quase a certeza de que – agora que acabou (?) – não foi ela porque já o teria confessado e ter-mos-ia rido disso. Se bem que tudo é possível e, na realidade, ela tem perturbações mentais. Talvez tenha sido uma erasmus ou uma desempregada porque uma “perseguição” deste calibre requer tempo e ociosidade. Não sei, nem quero saber. Neste momento a minha explicação mais consistente é a de que o meu telemóvel esteve momentaneamente possuído por uma entidade alienígena. Senão como é que posso explicar registos de chamadas do meu próprio número? Muito estranho, mas prefiro não pensar muito nisso.
O teor das chamadas era variável, definitivamente a mesma pessoa mas com personalidades diferentes, sem dúvida alguém com treino teatral… ora era a “perseguidora simpática”, ora a “perseguidora zangada”, ora a “perseguidora psicopata”, ora a “perseguidora romântica” e por aí adiante. Não fosse o facto de me estar genuinamente nas tintas e ser pouco impressionável, diria que estive em contacto com uma personalidade digna de estudo. Um verdadeiro tratado de múltipla personalidade e loucura aleatória.
Depois disto, o que eu estou a precisar é de fazer um cruzeiro. Aproveito para lançar um apelo a todos os “perseguidores” que andam por aí: arranjem um passatempo mais saudável, qualquer coisa de mais útil que estimule o intelecto e o corpo. Fazer o cubo mágico, sei lá, qualquer coisa.
3 comentários:
Admiro a tua certeza de que se tratava de uma mulher...quiçã não será Nikos, o Drag Queen??
quiçá e n quiçã...para que n pensem que sou iletrado
Medo, muito medo...Rapaz, tu começa a andar sempre com um olho por cima do ombro...
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